sexta-feira, 15 de julho de 2011

Fotogafias


      

Imagem em papel  corado
Dobrado em cores suaves
Pesam como um pincel inundado
Caras norteiam parafraseando
Encantado as notas mínimas
Vertical no exílio , intelecto
De memórias a histórias

Forjam as aparências mórbidas
Mortas de fome, a beleza e linda
Mas a minha realidade sufoca-me
Só se perde quem do caminho lhe conhece
As fotografias veloz-mente emigram
Eu eucalipto, mercenário
Fica ali entretendo as águas que passam
Quão e insólito o perdão falso
Dita na imensidão da noite

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Na margem dos Rios


Líricos cuspindo perfumes na companhia das ras
Nessa ópera da lagoa abandonada
Encandecido, vou aqui ficar
Divido essa sede de verdade com a noite

As ondas desse Ligonha desfeito
Vês essa sola do norte
Acompanhando noites sem remédio

Melodias ténues revigorares
Tentando beber do silêncio
Lágrimas caídas no chão

Tépido dia de Janeiro
Hipopótamos atiçando o sol da manha
Podia ser apenas rio sem correntes
Correndo essa água entre pedras deixando fotografias de todos os tempos
Nessa margem única do leito
Que não seca

quinta-feira, 16 de junho de 2011

a bela vista das barreiras

Posted by Picasa

Na Poesia Renasci



Hoje sou filho desta confraria, sem meticais
Fui parido no tempo do nada
Para namorar com palavras ao som das rimas
Versos me acompanham nessa balada de estrofes

Estava abandonado num oceano sem mar
Vivia para não morrer, morria por não viver sentindo
Sentia meu interior invadido por um frio
Congelando meus pensamentos
Renasci para não ver a morte me vencer
Cair no poço da morte

Já não luto, pois a morte venci
Essa vida azeda que levava
Nada tinha sentido
Tinha antes sentido a morte
Na poesia, tenho visão como camaleão
180º por minuto
A esferográfica dormindo na minha mão
Escrevendo mais um verso para abrir a escuridão